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Grafeno poderá superar fibra óptica atual

De acordo com cientistas da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, o grafeno poderá superar a fibra óptica atual.

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A fibra óptica atual é a de silício, considerada a melhor estrutura para transferência de dados em alta velocidade e também para longas distâncias.

Os pesquisadores fabricaram as menores fitas de grafeno já produzidas, utilizando método de escalonamento.

“Pesquisas anteriores sugeriram que, para ser viável para tecnologias de telecomunicações, o grafeno precisaria ser estruturado de forma proibitivamente pequena em grandes áreas, o que seria um pesadelo de fabricação. Com a produção escalonável, esse processo se torna muito mais viável”

Joel Siegel, coautor do projeto

A escolha pelo grafeno é devido a ser um material relativamente barato e contar com propriedades físicas únicas, como ser um isolante e condutor de eletricidade ao mesmo tempo.

De acordo com Siegel, se o grafeno fosse modificado para interagir com luz de alta energia, ele poderia ser utilizado para modular os sinais de telecomunicações em velocidades ultrarrápidas e capaz de bloquear frequências de comunicação indesejadas.

Grafeno poderá superar fibra óptica atual por estar em escala nanométrica

Para que o desempenho do grafeno fosse superior a fibra óptica atual, é preciso cortá-lo em estruturas microscópicas em escala nanométrica.

Para chegar a esse resultado, foram colocados polímeros em forma de fita sobre o grafeno, para então remover parte do material circundante.

As fitas de grafeno ficaram extremamente finas após o processo, com um tamanho de 12 nanômetros de largura.

Nanofitas de grafeno

Como resultado, as estruturas microscópicas em escala nanométrica funcionam como “antenas” que interagem com a luz, e quanto menor a antena, maior quantidade de luz ela transmitirá.

Blueshift

Durante os experimentos, os cientistas ajustaram as fitas ao aumentar a intensidade do campo elétrico das estruturas de grafeno.

Ao realizar a comparação de dados, as fitas mais finas contam com um efeito “blueshift”, com uma mudança de energia maior do que a esperada.

“O blueshift que observamos indica que os comprimentos de onda das telecomunicações podem ser alcançados com estruturas muito maiores do que o esperado anteriormente, cerca de 8 a 10 nanômetros, apenas um pouco menor do que as estruturas de 12 nanômetros que criamos”

Joel Siegel

Por conta disso, a próxima fase do estudo deverá ser concentrada na fabricação de fitas mais estreitas, que deverão transmitir ondas de luz com uma eficiência maior e mais confiável que as fibras ópticas atuais.


Fonte: University of Wisconsin e Canaltech

Imagem em destaque: Foto/Reprodução

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