Nano câmera permite cientistas enxergarem reações químicas em tempo real
Uma nano câmera permite cientistas enxergarem as reações químicas em tempo real, segundo o estudo publicado na última quinta-feira (2).
O estudo publicado na revista científica Nature Nanotechnology revela que os cientistas da Universidade de Cambridge criaram uma nova tecnologia.
A nova câmera é do tamanho de uma molécula, formada por nanopartículas de ouro e também por uma espécie de “cola molecular”, chamada cucurbituril (CB).
O equipamento é capaz de revelar o que está acontecendo durante a interação entre várias moléculas, no mesmo momento em que uma reação química ocorre.
Entenda mais sobre a nano câmera que permite cientistas enxergarem reações químicas
O dispositivo combina nanocristais semicondutores (conhecidos como pontos quânticos) e as nanopartículas de ouro usando a cucurbituril.
O processo dos nanocristais semicondutores é semelhante ao processo de fotossíntese, em que eles monitoram os compostos químicos.
Esse monitoramento realizado mostra de forma simples como os compostos químicos se formam durante as reações em comparação aos outros métodos atuais que são utilizados.
Os cientistas, para controlarem a ordem específica e também o processo de montagem molecular, colocaram seus componentes na água em temperatura ambiente.
Nessa água, também colocam as moléculas que desejassem estudar e ambos se juntariam de forma automática.
“Ficamos surpresos com o quão poderosa essa nova ferramenta é, considerando como é simples de montar”
Kamil Sokolowski, químico e autor principal do estudo
Tentativas fracassadas pelos cientistas
Houveram algumas tentativas antes do sucesso, onde as nanopartículas de ouro ficaram fora de controle, saindo da solução.
Os experimentos funcionaram após a adição dos pontos quânticos, onde a nano câmera limitou e regulou sua própria montagem, parando no tamanho apropriado.
De acordo com o coautor do estudo, Jade McCune, a equipe descobriu que a agregação de um componente nanoparticulado pode ser controlada através da adição de outro componente nanoparticulado.
“Essa propriedade autolimitada foi surpreendente, não era nada que esperávamos ver”
Jade McCune, químico da Universidade de Cambridge
Fonte: Olhar Digital
Imagem em destaque: Foto/Reprodução internet