Estudo afirma que tecnologia de dobra espacial pode ser incrível
Os físicos Alexey Bobrick e Gianni Martire publicaram um artigo em que revelam uma parte da tecnologia de dobra espacial e suas possíveis aplicações em viagens espaciais.
A dobra espacial já é conhecida, como nas obras Star Trek, como um “motor” que permite que a nave espacial possa viajar em velocidade superior à da luz.
No entanto, em 1994 a dobra espacial ganhou uma nova proposta, onde a tecnologia permitiria criar uma “bolha no espaço-tempo”, criando uma “ponte” entre dois pontos no espaço.
Como funciona a tecnologia de dobra espacial?
Alcubierre trouxe uma nova proposta em 1994, onde argumentou que a matemática da relatividade permite “bolhas de dobra”, regiões onde matéria e energia seriam organizadas de forma que poderiam, literalmente, dobrar o tecido do espaço-tempo.
Uma analogia famosa de como funciona a dobra espacial é a de uma bola de boliche que está sobre um tapete de borracha: naturalmente, haverá uma deformação no tapete (efeito semelhante à gravidade, que é uma distorção do espaço-tempo na presença de matéria).
Se em um lado há a bola de boliche e no outro uma xícara, como é possível aproximar a xícara da bola em tempo recorde?
A solução é puxar o tapete entre os dois objetos, fazendo com que eles não tenham que se mover sobre o tapete, e sim um em relação ao outro.
Desse modo, uma nave de dobra espacial contrai o espaço-tempo, a fim de tornar o caminho mais curto. Assim, há menos tapete entre a xícara e a bola de boliche quando o motor da nave é ligado, mesmo o espaço continue o mesmo.
Estudo dos físicos
O estudo dos físicos demonstrou que qualquer mecanismo de dobra espacial deve ser uma “casca” de matéria, em constante estado de movimento.
Dentro, há uma região plana do espaço-tempo, assim como o tapete de borracha da analogia, mas sem nenhum objeto para criar distorções.
Alguns dos problemas resolvidos foi o da energia negativa, visto que o impulso da dobra poderá ser feito com energia positiva ou uma mistura da positiva com a negativa.
Outros problemas surgiram, como a quantidade imensa de energia, leis de limite de velocidade do trânsito universal, que é imposto pela relatividade geral e a criação de um sistema de propulsão convencional para acelerar.
Segundo o estudo, há chance que algumas propostas de dispositivos de dobra possam viajar mais rápido que a luz. Porém, esses dispositivos devem ser criados já nessa velocidade.
Uma das aplicações demonstradas é que o dispositivo funcionaria como uma cápsula do tempo, visto que o espaço-tempo é comprimido ou distorcido na parte de dentro.
Fonte: Canaltech
Imagem em destaque: Reprodução/Mark Rademaker/Holland Space Yards/NASA