NASA desenvolve novo relógio atômico que funciona em espaçonaves distantes e deve revolucionar a exploração espacial
A National Aeronautics and Space Administration (NASA) desenvolveu um novo relógio atômico que funciona em espaçonaves distantes.
Segundo o artigo científico publicado na revista Nature, o novo relógio atômico deverá capacitar e permitir a navegação em tempo quase real em possíveis explorações espaciais profundas.
A NASA vem desenvolvendo esse equipamento há mais de 20 anos, a fim de revolucionar a exploração espacial, que utiliza sistemas de comunicação com a Terra para manter os relógios atualizados.
Novo relógio atômico irá revolucionar a exploração espacial
O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA lançou o relógio Atômico do Espaço Profundo (DSAC, na sigla em inglês) em órbita ainda em 2019.
Ele tinha como objetivo conduzir a primeira demonstração, com base no espaço, da próxima geração da tecnologia dos relógios atômicos.
De acordo com o artigo, o DSAC não só correspondeu às expectativas, como também alcançou uma estabilidade na cronometragem que está em uma “ordem de magnitude melhor do que os relógios espaciais existentes”.
O DSAC foi definido como um “relógio atômico de íons presos” do tamanho de uma torradeira, capaz de manter os átomos no lugar por meio de forças eletromagnéticas, eliminando os desvios de flutuações que são causados pelas colisões nas paredes.
Como resultado, ele produz estabilidade ao longo prazo, apresentando a capacidade de manutenção dez vezes superior à estabilidade dos outros relógios espaciais já existentes.
Além disso, o DSAC não foi afetado por variações nas condições espaciais, como radiação, temperatura e campos magnéticos.
Entre os benefícios do novo relógio, será a melhora na estabilidade dos contadores de tempo e, consequentemente, afinar a precisão da triangulação de posição em terra.
DSAC fará uma viagem à Vênus
A agência espacial norte-americana recentemente aprovou a próxima expedição do DSAC ao planeta Vênus.
Lá, ele deverá verificar a capacidade desse novo relógio atômico em uma missão interplanetária.
O relógio também poderia ser eficiente para mapear os mares subterrâneos da Europa e testar a teoria da relatividade geral de Einstein, conforme a reportagem da Vice News.
Fonte: Época Negócios, ViceNews e Tecmundo
Imagem em destaque: Foto/Reprodução NASA