Os cientistas registraram os momentos iniciais de uma supernova pela primeira vez, uma vez que são difíceis de saber quando irão ocorrer.
Recentemente, os pesquisadores notaram uma curva de resfriamento de choque completa, que é um dos estágios menos conhecidos antes do colapso do núcleo das supernovas.
O colapso do núcleo é seguido por um choque de repercussão, que produzem dois eventos, sendo eles:
- Quebra de choque;
- Resfriamento de choque.
Ambos eventos ocorrem antes a explosão e devido a identificação prévia desse estágio (e eventos), foi possível capturar esses momentos de explosão pela primeira vez.
Momentos iniciais de uma supernova ganha artigo dedicado
Patrick Armstrong publicou um artigo sobre o evento na Royal Astronomical Society, onde anuncia pontos importantes.
O pesquisador relata observações detalhadas da curva de resfriamento de choque antes da SN2017jgh, uma supernova que explodiu a um bilhão de anos-luz de distância.
O Telescópio Espacial Kepler rastreava, na data, uma estrela na direção da galáxia-mãe, quando capturou os momentos iniciais da supernova.
“Nas verificações regulares do brilho da estrela, o campo de visão de Kepler também observou a galáxia. Isso permitiu acompanhar a curva de resfriamento de choque em intervalos de 30 minutos”
Patrick Armstrong
Identificação da supernova
Segundo Armstrong, os dados eram incompletos, havendo apenas o conhecimento do escurecimento da curva de resfriamento de choque e a explosão subsequente.
Isto é, nunca havia sido registrado a explosão de luz nos momentos iniciais de uma supernova.
Com a curva completa, foi possível identificar qual a estrela que explodiu: uma supergigante amarela 50-290 vezes o raio do sol.
O co-autor do estudo, Brad Tucker, também anunciou que os astrônomos devem ser capazes de “usar o SW 17 e ter a certeza de que é o melhor modelo para identificar estrelas que se transformam em supernovas”.
Fonte: Só Científica
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Soubrette/ iStock
