Já imaginou poder escutar os murmúrios do universo? Agora, pesquisadores querem usar os detectores de ondas gravitacionais gigantes para entender mais sobre o universo através dos sons captados.
O começo dos estudos com detectores
Aproximadamente 5 anos atrás, cientistas da Universidade da Califórnia inciaram um novo tipo de comunicação com o universo. A descoberta aconteceu após a colisão de buracos negros ou estrelas de nêutrons.
As ondas gravitacionais estavam dispersas no espaço. Então, com a ajuda dos detectores de ondas, foi possível abrir uma nova janela de comunicação com o universo durante esse estudo.
Contudo, os cientistas afirmam que com os modelos atuais só permitem ouvir os eventos mais altos e raros de todo o murmúrio espacial. Mas ainda tem muito mais para se ouvir.
Nesse contexto, estimam que os novos detectores gigantes estarão funcionando em 2030, porém existe a necessidade de começar a planejar agora. Então começam a esboçar os primeiros modelos.
Os detectores de ondas gravitacionais LIGO
Atualmente, os detectores são equipamentos em forma de “L” que receberam o nome de interferômetros. Funcionam à base de lasers e espelhos.
Então estes lasers se combinam com o tamanho dos “braços” do equipamento. A luz dos lasers é enviada para das duas pontas dos “braços” para o centro e juntas convergem em um detector que armazena as informações.
Assim, quando as ondas gravitacionais atravessam o dispositivo, criam pequenas alterações na movimentação dos lasers, também em forma de ondas. Essas ondulações podem ser analisadas, provendo mais informações sobre as características dos buracos negros e estrelas de nêutrons.
A adaptação para os modelos gigantes
Dessa forma, quanto maior o tamanho do equipamento, maior a amplitude que ele consegue captar dos eventos no espaço. Então agora a intenção é criar modelos gigantes para aumentar a capacidade de informações recebidas.
Conforme afirmam os pesquisadores, o próximo modelo deve ter 40 metros e ser 10 vezes mais sensível. Portanto, será possível com as informações que receberão, traçar uma linha de volta no tempo antes das primeiras estrelas. Existe a possibilidade até de procurar os buracos negros que se formaram com o Big Bang.
Então, gostou do conteúdo? Acesse a página do Engenharia Hoje e descubra as últimas novidades de ciência e tecnologia!
Imagem destacada: Imagem/Reprodução: Revista Science.