Segundo os cientistas de uma equipe internacional, a propulsão nuclear pode nos levar a Netuno em somente dez anos.
Se trata de uma inovação tecnológica, onde um motor de fusão será responsável por impulsionar espaçonaves a velocidades nunca vistas antes.
O projeto, chamado DFD (Direct Fusion Drive ou Drive de Fusão Direta) ainda está somente no papel, através do estudo em preprint. No preprint, são explorados detalhes do projeto, que ainda deverá ser revisado por pares.
O projeto é uma colaboração entre a Princeton Plasma Physics Laboratory e a Princeton Satellite Systems.
Propulsão nuclear com DFD
O Direct Fusion Drive é um sistema baseado em fusão, sendo o deutério (também conhecido como hidrogênio pesado) utilizado como combustível.
Segundo os cientistas, em teoria, o motor será capaz de acelerar a nave não só ao ponto de cobrir a distância da Terra até Netuno (quase 4 bilhões de quilômetros) como também de chegar até lá em apenas 10 anos.
Em seguida, confira uma breve explicação da tecnologia:
Atualmente, com a nossa capacidade tecnologia, não há expectativa que nenhuma espaçonave chegaria lá em menos de 30 anos.
Por que não propulsão elétrica?
A propulsão elétrica que é alimentada por raios solares vêm ajudando a exploração de outros planetas, visto que nos permitiu alcançar o interior do Sistema Solar.
No entanto, para distâncias maiores, painéis solares imensos seriam necessários para fornecer energia o suficiente para essas viagens.
Painéis solares imensos são, ainda, inviáveis, sendo um grande impeditivo e que levaria um certo tempo para que essa tecnologia e construção fosse possível.]
Por conta disso, a equipe da Princeton Plasma Physics Laboratory e a Princeton Satellite Systems afirma que o “único grande avanço” na propulsão espacial seria um sistema baseado em energia nuclear.
Benefícios do projeto
Um dos principais benefícios do DFD está no uso bem aplicado da energia nuclear, trazendo mais eficácia em nossas tecnologias.
Além de ser possível alcançar lugares mais distantes no espaço que levariam vários anos com a tecnologia existente, isso também ocorrerá em muito menos tempo.
Segundo os pesquisadores envolvidos, o empuxo do DFD seria compatível com o dos mais promissores propulsores eletromagnéticos de alta potência, mas ainda mais eficiente.
Devido ao sistema de propulsão nuclear, também seria possível que maiores cargas úteis também fossem lançadas para os limites do Sistema Solar,
Com o DFD, a exploração espacial poderia ocorrer de forma inovadora e sem precedentes, sendo esse o principal objetivo e benefício.
Imagem em destaque: NASA
Fonte: Canaltech