A Uber agora terá que pagar salário e férias para cerca de 70 mil motoristas, após a decisão tomada no Reino Unido no mês passado.
No país, os motoristas devem ser considerados “trabalhadores”, e por isso dispõe de certos direitos, como no caso de salário e férias.
No dia 16 de março, a Uber reconheceu o veredito e fez o anúncio de que irá reclassificar seus 70 mil motoristas, assim como mandou a Suprema Corte do país.
Segundo um artigo do jornal britânico The Evening Standard, a Uber optou por “virar a página” na questão dos direitos dos trabalhadores, após diversos anos de ameaças, onde “deixaria de operar” em países em que tivesse que reclassificar motoristas e pagar seus direitos.
A decisão da companhia em aceitar a mudança no Reino Unido, arcando com todos custos causou surpresa na comunidade.
Salário e férias são os direitos de trabalhadores, no Reino Unido
No país, a classificação de trabalhador conta com uma flexibilização em comparação à categoria de empregado.
Assim como em trabalhos autônomos e freelancer, o motorista só irá receber pelas horas trabalhadas, sem haver uma jornada fixa.
No entanto, o salário e as férias são direitos do trabalhadores, sendo que o motorista deverá ganhar um salário mínimo de 8,72 libras (R$66,54) por hora trabalhada para maiores de 25 anos.
O salário mínimo somente será pago quando considerado quando o motorista aceitar a primeira viagem, além de descontar as despesas (como gastos com a gasolina).
Além disso, há o direito de 5,6 semanas pagas de férias por ano, que serão pagas quinzenalmente e com acréscimo de 12,07% nos ganhos do período.
Outros benefícios/direitos são a contribuição no programa de aposentadoria, licença maternidade e paternidade e o afastamento remunerado por motivos de saúde.
Todas as mudanças foram divulgadas em um documento registrado na SEC e irão encarecer os custos da operação da companhia, consequentemente, encarecendo o preço das corridas.
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