A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) está utilizando aviões capazes de gerar chuvas na região metropolitana de Curitiba.
A indução inclui a precipitação de cerca de 17,6 bilhões de litros de água na região, sendo que desse número, 6,5 bilhões de litros devem incrementar as bacias das barragens de abastecimento público.
A semeadura de nuvens foi uma das ações do plano de gestão de crise, com objetivo de aliviar os efeitos da estiagem severa que ocorre na Região Metropolitana de Curitiba.
Aviões ”capazes de gerar chuvas” realizaram 47 voos
A Sanepar contratou para os períodos de dezembro de 2020 e maio de 2021, onde foram realizados 47 voos com semeadura de nuvens.
Nesses 47 voos realizados, houveram as ocorrências de 32 chuvas, isto é, uma taxa de sucesso de 68%.
Todo o projeto contou com acompanhamento do:
- Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar);
- Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).
Como ocorre a operação e escolha das nuvens
As nuvens escolhidas são identificadas através de um monitoramento climático que é realizado todo dia no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba.
Com a nuvem-alvo escolhida, mais informações são detalhadas, como os trajetos da aeronave, horário da mesma e a área semeada.
Todos esses dados são também aliados a imagens de satélites e também informações de radar meteorológicos, que são capazes de indicar quais chuvas são do trabalho de semeadura e o volume da precipitação.
Já a operação em si, é quando o avião sobrevoa a nuvem escolhida previamente e realiza a pulverização de gotículas de água potável.
Essas gotículas de água são de diâmetro controlado, onde se unem às gotas que já existem dentro daquela nuvem, a fim de acrescentar massa.
Por fim, após o ganho de massa, se precipita em forma de chuva no local de interesse selecionado anteriormente pela equipe.
Fonte: Aeroflap
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Sanepar
