O maior imã do mundo, o Internacional Thermonuclear Experimental Reactor (ITER), está pronto para ser usado em fusão nuclear, igual a das estrelas.
A empresa responsável pela criação do Solenoide Central, o imã mais poderoso já construído, é a General Atomics, que levou aproximadamente uma década de projeto e fabricação.
Recentemente foi divulgado que o primeiro módulo do Solenoide Central se tornará um componente central do ITER, com seis módulos.
O ITER foi projetado para replicar o mesmo poder de fusão nuclear das estrelas, provando que a energia da fusão do hidrogênio pode ser criada e controlada em nosso planeta.
O projeto conta com a colaboração de diversos países, como:
- França;
- União Europeia;
- Reino Unido;
- Suíça;
- China;
- Índia;
- Japão;
- Coreia do Sul;
- Rússia;
- Estados Unidos.
Solenoide Central
O imã mais poderoso da General Atomics deverá ter 18 metros de altura e 4,25 metros de largura, pesando aproximadamente 1000 toneladas.
A força magnética somente do Solenoide Central pode levantar um porta-aviões 2 metros no ar, e em seu núcleo, deverá atingir uma força de campo 280.000 vezes mais forte do que o campo magnético da Terra.
Ele será o responsável por induzir uma poderosa corrente de plasma no interior do reator, conhecida como tokamak, ajudando a moldar e a controlar a reação de fusão.
O primeiro módulo será embarcado no navio dos Estados Unidos para a França, enquanto o segundo módulo ficará pronto este mês.
Maior imã do mundo conta com processo complexo
Para o ITER funcionar, será preciso que uma pequena quantidade de gás deutério e trítio seja injetada no tokamak (uma câmara de vácuo em forma de anel).
Todo hidrogênio é aquecido até se tornar um plasma ionizado, que então é confinado e moldado pelos imãs supercondutores.
Quando 150 milhões de graus Celsius são atingidos pelo plasma, uma quantidade pequena de massa é convertida em uma grande quantidade de energia, conforme os átomos de hidrogênio vão se fundindo.
Os neutros de ulta-alta energia que são produzidos pela fusão então escapam do campo magnético, atingindo as paredes de metal do tokamak.
A energia é transmitida para as paredes na forma de calor, que é convertida em vapor pela água que circula nas paredes da câmara.
Em um reator comercial, esse vapor aciona turbinas para produzir eletricidade, enquanto alguns nêutrons reagem com o lítio das paredes do tokamak para criar mais combustível de trítio para a fusão.
Fonte: Inovação Tecnológica
Imagem em destaque: Foto/Reprodução General Atomics