O Governo dos EUA está investigando as luzes vermelhas de alerta que surgiram em um voo espacial de Richard Branson, que ocorreu dia 11 de julho.
A missão, que durou aproximadamente 10 minutos, teve um desvio divulgado pela Administração Federal de Aviação (FAA) na última quarta-feira (1).
De acordo com oficiais da Virgin Galactic, alguns sinais de alerta amarelos e vermelhos estavam acessos no painel da aeronave de Branson.
Caso os pilotos não tomassem uma atitude para corrigir o que indicavam, haveriam “sérios problemas” na hora de pousar.
Luzes vermelhas de alerta: entenda mais sobre o ocorrido
Tudo começou quando o avião estava a cerca de 30 km de altitude, acelerando em direção ao pico de altitude, onde o avião subiu em uma trajetória fora da planejada, e uma luz amarela surgiu.
Essa luz amarela indicava que o caminho de voo estava estreito demais, além de que o nariz da nave não estava vertical o suficiente.
O motor da VSS Unity foi programado para ficar ativo durante cerca de 1 minuto após a queima, quando uma luz vermelha apareceu.
A luz vermelha era relacionada ao retorno em trajetória de “cone”, um método utilizado em que a nave desce seguindo um cone “imaginário” para ter uma descida mais controlada.
No voo, os pilotos não seguiram no ângulo correto desse método, e estavam fora do cone, sendo um segundo alerta “ignorado” pelos pilotos, que, teoricamente, deveriam abortar a missão.
Perigo da missão
Os pilotos podiam implementar ações corretivas ou abortar a missão, desligando os motores e então retornar ao solo.
Apesar da opção mais segura ser abortar a missão, a equipe seguiu a viagem e também foi capaz de pousar em segurança posteriormente.
O fato do avião não se manter no espaço aéreo permitido foi confirmado por um representante da FAA, onde destacou o desvio perigoso.
O caso poderia até mesmo ser de colisão, uma vez que o desvio poderia colocar o VSS Unity em rota de colisão com outra aeronave na região.
Apesar do desvio ter ocorrido, um representante da Virgin Galactic confirmou que a FAA não foi notificada inicialmente sobre o ocorrido.
Essa mesma pessoa ressaltou da investigação em andamento, e que a empresa está trabalhando com a FAA para atualizar os procedimentos de alerta da agência.
O desvio, ao todo, durou apenas 1 minuto e 41 segundos, e ainda não se sabe quais ações corretivas os pilotos (Mackay e Masucci) executaram.
Fonte: Olhar Digital e Canaltech
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Virgin Galactic