Engenharia Hoje

A futura sonda da NASA poderá chegar quase 10 vezes mais longe que Voyager

A futura sonda da NASA (National Aeronautics and Space Administration), agência espacial norte-americana, deverá viajar quase 10 vezes mais longe que Voyager.

A sonda Interstellar Probe deverá estudar a heliosfera, a região que forma um “escudo” que protege o nosso sistema solar de raios cósmicos altamente energizados.

As sondas Voyager 1 e 2 também alcançaram a heliosfera, porém não contam com instrumentos para estudar a área.

Futura sonda da NASA deve tirar “fotos” da heliosfera

A sonda Probe deverá explorar o espaço interestelar com novas tecnologias, com a promessa de trazer respostas as interações do plasma solar com os gases interestelares e sobre como o Sol interage com a galáxia.

Além disso, também há a expectativa que a sonda poderá explicar mais sobre a heliosfera em si, como seu formato, e o que há além dela.

A missão planeja tirar as fotos da heliosfera com átomos neutros, e também observar um pouco mais a luz extragaláctica de fundo, que é produzida no início da formação da Via Láctea.

“Pela primeira vez, vamos tirar uma foto da nossa grande heliosfera do lado ‘externo’ dela, para ver como o Sistema Solar, a nossa casa, é”

Elena Provornikova, líder do projeto

Sonda deverá ser inspirada na New Horizons

Uma equipe de mais de 500 cientistas, engenheiros e entusiastas da área já estão desenvolvendo o projeto da sonda, que tem como base o design da New Horizons, mas com melhorias.

A sonda não só deverá ser autônoma, como também compacta e leve, porém robusta ao ponto de coletar dados e ser capaz de se comunicar com as equipes na Terra.

Probe, assim como as outras sondas, deve ser alimentada por um gerador termoelétrico de radioisótopos, podendo durar mais de 50 anos.

Se a sonda fosse lançada no começo de 2030, levaria aproximadamente 15 anos para chegar ao limite da heliosfera, metade do tempo das Voyager, que demoraram mais de 30 anos.

Relatório à NASA deverá ser apresentado

Após quatro anos de um estudo “conceitual e pragmático” onde investigaram objetos científicos que podem ser alcançados com a missão, a equipe ainda deve apresentar um relatório à NASA.

No relatório, haverá informações como o potencial científico, os instrumentos que devem ser utilizados, exemplos de como a espaçonave seria e também trajetórias para a missão.


Fonte: Canaltech

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