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Experimento recria condições químicas da lua de Saturno e indica chance de vida

Pesquisadores liderados por Tomče Runčevski recriaram as condições químicas da lua de Saturno, que indicam possibilidade de vida.

A maior lua do planeta, conhecida como Titã, foi simulada em frascos de vidro a fim de entender mais sobre a composição da atmosfera densa de nitrogênio e metano, além de possuir mares de metano líquido e etano.

Como foi o processo de recriar condições químicas da lua de Saturno

Durante a primeira fase, os cientistas removeram o ar dos tubos do ensaio utilizando uma bomba, adicionando em seguida água gelada.

O processo foi repetido diversas vezes, variando apenas a composição da mistura química e, posteriormente, aplicando pressão e reduzindo a temperatura ao redor dos fracos.

Resultado do estudo

Tomče Runčevski e sua equipe descobriram que duas moléculas orgânicas que são abundantes na lua de Saturno, acetonitrila e propionitrila, se tornam uma única forma cristalina.

Apesar dessas moléculas serem tóxicas para humanos, caso exista alguma forma de vida em Titã, elas poderiam tirar proveito disso para sobreviver.

Ambas moléculas são formadas em Titã pela combinação de nitrogênio e metano sob a energia solar, onde começam como um gás na atmosfera e logo se condensam em aerossóis.

Ao chover na superfície lunar, a acetonitrila e propionitrila se transformam em pedaços de minerais sólidos.

A lua de saturno é como um “potencial laboratório” para os cientistas, que devido a causa da química orgânica da lua, devem estudar reações químicas que ocorreram na Terra antes do surgimento da vida em nosso planeta.

Além disso, a face externa do cristal que foi formado nos tubos de ensaio também continha uma “leve carga elétrica” em sua superfície.

Como resultado, essa carga era capaz de atrair outras moléculas, como a água, o que foi um detalhe interessante para os cientistas.

O detalhe é interessante para o estudo da vida no Sistema Solar, uma vez que a água é necessária para formar os blocos de construção da vida que são baseadas em carbono.

Apesar de isso não ser sinônimo de vida, as condições para a vida exista estão lá, e Runčevski também confirmou a informação:

“Titã é a coisa mais próxima da Terra que pode abrigar vida de uma forma que a perceberíamos como semelhante à vida na Terra”

Tomče Runčevski

No entanto, o pesquisador também afirmou que não há como presumir que os humanos são capazes de recriar a vida com os minerais de Titã, devido a sua pesquisa “limitada”.


Fonte: Canaltech

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Freepik/DCStudio