O rover da National Aeronautics and Space Administration (NASA), Curiosity, tirou fotos de nuvens brilhantes em Marte.
A agência espacial norte-americana divulgou as imagens na última semana, que chamaram a atenção pela luminosidade das nuvens e também por conta da data em que as fotos foram tiradas.
As nuvens brilhantes apareceram mais cedo em Marte que o esperado para essa época do ano, e costumam aparecer somente nos períodos mais frios do ano marciano.
Nuvens brilhantes em Marte são raras
Normalmente as nuvens brilhantes aparecem somente nessa época do ano, diferentemente da Terra, um evento comum.
A descoberta dessas nuvens, chamadas de “precoces” pela agência espacial, foram descobertas há dois anos terrestres atrás (ou um ano marciano).
Os cientistas ao saber que surgiriam novamente esse ano em Marte, se prepararam para documentá-las quando voltassem a aparecer.
Essas nuvens surgiram no final de janeiro e estão em uma região mais alta da atmosfera, onde faz muito frio. As nuvens documentadas são formadas por dióxido de carbono congelado (gelo seco).
Já as nuvens tradicionais que surgem no auge do frio são compostas por gelo e água, e costumam ficar em uma altitude de, no máximo, 60 km.
Brilho das nuvens
As nuvens são chamadas de noctilucentes ou crepusculares, e o seu brilho (luminosidade) aparece quando cristais de gelo espalham a luz do Sol poente em várias direções.
Em Marte, também ocorrem as nuvens iridescentes (também chamadas de nuvens de madrepérola), conhecidas por seus tons pastéis cintilantes.
Entre os tons pastéis estão rosa, amarelo e azul. As partículas cristalizadas no interior das nuvens funciona assim como o prisma de Newton.
Dentro das nuvens, a luz é decomposta em diferentes cores, e além de serem visíveis para as lentes do Curiosity, também seriam vistas por astronautas caso estivesse lá.
Fonte: Super Interessante – Abril
Imagem em destaque: NASA/JPL-CalTech/MSSS/Reprodução
