As construções para o maior telescópio do mundo já iniciaram no começo de julho (01), e quando terminado, deverá estar espalhado pela Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e outros países africanos, como Moçambique e Angola.
O maior telescópio, batizado de Square Kilometre Array, iniciou suas construções após 30 anos do início de seu planejamento.
Ele foi desenvolvido através de 11 consórcios internacionais, que, ao todo, representam mais de 100 instituições ao redor do mundo.
Atualmente, o projeto conta com a ajuda de sete nações signatárias originais, sendo elas:
- Austrália;
- China;
- Itália;
- Holanda;
- África do Sul;
- Reino Unido;
- Portugal.
Além disso, outros países estão na fase de negociações finais para fazer parte do grupo, como a França, Espanha, Suíça, Canadá, Alemanha, Índia, Suécia, Japão e também a Coreia do Sul.
A decisão que validou a construção aconteceu devido a SKA Organisation (SKAO), uma organização intergovernamental que foi criada e será responsável por todo o desenvolvimento e a atuação futura da rede.
Custos com as construções para maior telescópio estão avaliados em 2 bilhões de euros
A infraestrutura do telescópio foram projetadas por empresas privadas, laboratórios de pesquisa e universidades.
Os sistemas computacionais de software e hardware para armazenar os dados também já foram elaborados, porém é esperado que seja necessário um novo tipo de computador.
Para os pesquisadores, será necessário um com potência 25% superior a qualquer supercomputador já existente.
Com essa tecnologia, o observatório poderá monitorar e fornecer dados mais detalhados sobre a formação e a evolução do Universo.
Esses dados deverão gerar desdobramentos e conhecimento científico em diversas áreas, como Astrofísica e Cosmologia por, ao menos, 50 anos.
A expectativa é que o telescópio possa detectar objetos tão distantes que levariam cerca de 13 bilhões de anos para alcançar a Terra.
Outro benefício devido a construção está nos âmbitos sociais e econômicos para as regiões envolvidas no projeto, através de:
- retorno financeiro;
- desdobramentos tecnológicos;
- geração de empregos;
- expansão da capacidade industrial.
SKA-Mid e SKA-Low
O observatório contará com duas instalações separadas, uma na África do Sul (SKA-Mid) e Austrália (SKA-Low), onde captará sinais de rádio.
As frequências captadas devem estar entre 70 MHz e 25 GHz, cobrindo uma área total de coleta de um quilômetro quadrado.
A instalação na África do Sul aproveitará às 64 parabólicas do telescópio antecessor MeerKAT e adicionará mais 133 antenas, de aproximadamente 15 metros de altura no deserto Karoo.
Na Austrália, inicialmente haverá 131.072 discos de antenas no norte de Perth, porém a instalação deverá abrigar até 1 milhão dos aparelhos.
Ambas construções ocorrerão entre 2021 e 2030, com as maiores atividades previstas para 2022 até 2028.
Fonte: Tecmundo e Wikipedia
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Wikipedia