Engenharia Hoje

Cientistas desenvolvem concreto capaz de consertar suas rachaduras de forma autônoma

Cientistas desenvolveram um concreto capaz de consertar suas rachaduras e trincas de forma autônoma através de uma enzima.

A enzima, chamada anidrase carbônica, é encontrada nos glóbulos vermelhos do sangue humano, onde ela é responsável por transportar o dióxido de carbono (CO2) e também controlar o pH.

“Se pequenas rachaduras pudessem ser reparadas automaticamente quando começassem, elas não se transformariam em problemas maiores, que precisariam de reparo ou substituição”

Nima Rahbar, professor do Instituto Politécnico Worcester

Como funciona o concreto capaz de consertar suas rachaduras

A anidrase carbônica reage de forma automática com o CO2, onde é capaz de criar os cristais de carbonato de cálcio, que é um sal inorgânico.

O carbonato de cálcio imita o concreto em diversas propriedades, entre elas, a sua estrutura e resistência.

Assim, é possível preencher rachaduras e trincas antes de problemas estruturais possam ocorrer e, foram assim que os cientistas começaram sua produção.

A anidrase carbônica foi produzida sinteticamente ao pó de cimento, para ser adicionada antes da preparação e mistura que forma o concreto.

Assim, quando uma fissura se forma no concreto enzimático, a enzima que está dentro do concreto se conecta com o CO2 do ar e há o crescimento de uma nova matriz cristalina.

Essa matriz preenche a fissura em escala milimétrica dentro de 24 horas, sendo uma das três frentes criadas pelos cientistas.

As outras duas frentes servem para induzir a autocura em fendas/buracos maiores e outra em um processo para ser aplicado ao concreto tradicional, consertando rachaduras.

Bactérias x Enzimas

Ao invés de utilizar bactérias, que são mais caras, funcionam de forma mais lenta e ainda há questões de saúde de longo prazo, os cientistas optaram por enzimas.

Enquanto as bactérias levam até um mês para curar uma rachadura de 10 micrômetros, as enzimas podem curar em poucas horas.

Além disso, também não há a preocupação quanto a questão de saúde de longo prazo, como no caso das bactérias.


Fonte: Inovação Tecnológica

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Jessica A. Rosewitz et al