Na última quarta-feira (28), a Aeronáutica anunciou as empresas privadas parceiras para lançamentos na Base de Alcântara.
A Agência Espacial Brasileira (AEB), havia anunciado seu segundo edital de chamamento público para empresas que queiram utilizar as instalações recentemente.
Neste primeiro momento, três empresas americanas, Hyperion, Orion AST e Virgin Orbit, e uma empresa canadense, C6 Launch, estão em fase de negociação de contratos com a Aeronáutica.
Cada empresa irá operar uma unidade do Centro de Lançamento:
- Hyperion: sistema de plataforma VLS
- A Orion Ast: lançador suborbital
- Virgin Orbit: responsável pelo aeroporto de Alcântara
- C6 Launch: Área do Perfilador, que também é um ponto de lançamento
De acordo com o governo, todas as quatro agora seguem para a fase de negociação contratual. O evento contou com a presença do Presidente Jair Bolsonaro, ministros, parlamentares e embaixadores.
Objetivo de realizar lançamentos de maior porte
O foco para utilizar as instalações são para a atração de empresas com capacidade de realizar lançamentos de maior porte e que possam explorar os nove mil hectares da base.
Essas empresas devem explorar o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, que é conhecida por sua localização privilegiada, que permite uma economia de até 30% em determinados tipos de lançamentos.
Esses são os primeiros acordos fechados, e as primeiras atividades devem ser iniciadas entre o fim deste ano e o início de 2022.
De acordo com Carlos Moura, presidente da Agência Espacial Brasileira em entrevista ao jornal Estadão, a Base de Alcântara deverá receber veículos de lançamento e também empresas que queiram utilizar as instalações para lançamentos contínuos.
Por enquanto, o foco das atividades deverá ser para lançamentos de nanossatélites, que devem auxiliar os sistemas de monitoramento.
Base de Alcântara deverá proporcionar redução de custos em missões espaciais e fôlego ao orçamento
A Alcântara deve reduzir os custos nas missões espaciais de forma considerável, como no caso do satélite Amazonia-1.
A espaçonave foi lançada na Índia em fevereiro deste ano, pois o Brasil ainda não contava com empresas veículos para realizar um lançamento do tipo, mas Moura afirma que a situação deverá mudar.
O satélite lançado monitora o desmatamento da região amazônica junto de desastres ambientais, além de reservatórios de água e também outras aplicações.
Além da redução de custos, as novas empresas também fornecem um fôlego ao orçamento da base, uma vez que recentemente houveram restrições orçamentárias nas operações espaciais, como o corte de R$ 1,2 milhão no orçamento.
Fonte: Canaltech, G1 e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
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