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Cientistas testam super laser que serve de para-raios na Suíça; confira o sistema

Cientistas europeus estão testando um super laser que deverá ser utilizado como para-raios na Suíça, formando um caminho que levará o raio para um local seguro.

Benjamin Franklin criou o para-raios há quase três séculos, e grande parte do mundo utiliza o mesmo dispositivo que apesar de funcionar, mas também tem suas desvantagens.

Atrair raios para conduzir sua corrente até o solo pode causar efeitos indiretos e até mesmo graves, como o caso de interferência eletromagnética e picos de tensão em aparelhos eletrodomésticos/industriais.

Além disso, também não é possível instalar esse dispositivo em qualquer lugar, mesmo que ele precise de proteção.

Atualmente, os testes com a nova tecnologia desenvolvida já começaram, devendo durar até o fim do verão no hemisfério norte.

Super laser que serve de para-raios “surgiu” em 1960

Na década de 60, o laser trouxe uma ótima alternativa para criar caminhos de plasma, onde os raios desceriam para pontos determinados.

Entretanto, a ideia exigia lasers com potência na casa dos terawatts e mais algumas exigências: eles deveriam ser ligados e desligados milhares de vezes por segundo.

Desligar e ligar esses lasers tem como objetivo evitar a “avalanche de elétrons”, responsável por impedir que o caminho de plasma seja traçado atmosfera acima.

Solução dos cientistas

Os cientistas europeus construíram um laser nunca feito antes, em um projeto chamado “Laser Lightning Rod” (LLR).

Se trata de um “para-raios a laser” que foi instalado no Monte Santis, na Suíça, para guiar os raios à distância em locais pré-definidos.

Somente o laser pesa 5 toneladas e tem uma altura aproximada de 9 metros, que conta com a potência na faixa dos terawatts, o que era necessário na década de 60.

Os relâmpagos que forem estimulados pelo sistema deverão ser guiados para uma torre de telecomunicações de 123 metros de altura, que está na mesma montanha.

Logo após, isso guiará os relâmpagos descendentes de nuvens de tempestade, com objetivo de mostrar que é possível guiar esses raios e os controlar em lugares onde não haverá danos.

O disparo de 1.000 pulsos ultracurtos de laser na atmosfera deverá ocorrer a cada segundo, a fim de gerar um longo canal ionizado.

Esse canal, chamado filamento de laser, deverá ficar em direção às nuvens e ter como função ser o “caminho preferencial” para o raio.


Fonte: Inovação Tecnológica

Imagem em destaque: Foto/Reprodução LLR