Novo estado da matéria teorizado em 2012 pelo ganhador do Prêmio Nobel de Física, Frank Wilczek do MIT. Os cristais do tempo têm sido negados, observados e agora filmados.
Finalmente, por uma equipe de pesquisadores alemães e poloneses, conforme um estudo publicado no início do mês de fevereiro (10) na revista Physical Review Letters.
Cristais espaço-tempo (STC) são arranjos de matéria que se repetem com o passar do tempo.
Diferente dos cristais aos quais estamos acostumados, como o diamante ou grãos de sal.
Os cristais do tempo são sólidos que auto-organizam-se atomicamente no espaço e são capazes de repetir seus padrões pelo tempo.
Isso nos diz que sua estrutura muda periodicamente, semelhantes a “minerais mutantes”.
Descoberta dos cristais do tempo
No momento em que o norte-americano Wilczek teorizou essas estruturas dos cristais do tempo, no ano de 2012.
A possibilidade da existência de uma simetria da matéria no tempo foi encarada apenas como uma simples curiosidade científica.
Contudo, apenas quatro anos depois, os STC’s foram experimentalmente demonstrados para sistemas quânticos.
Para que fosse possível instrumentalizar um conceito puramente teórico.
Os pesquisadores utilizaram os mágnons, nome que é dado às excitações coletivas da estrutura do spin de um elétron na parte interna de um composto cristalino.
Permitindo, assim, demonstrar um STC acionado em temperatura ambiente.
De acordo com o pesquisador Nick Trager, eles utilizaram um padrão regular de mágnons no espaço e tempo.
Após enviarem uma quantidade maior de mágnons e eles se espalhavam eventualmente.
Foi filmado o experimento inédito, mostrando o cristal espaço-tempo interagindo com essas quasipartículas.
Nessa experiência, Trager fez com que passasse uma corrente de radiofrequência por meio de uma tira de material magnético colocada em uma antena microscópica.
Funcionando como um campo de micro-ondas.
As ondas magnéticas são capazes de viajar pela tira pela esquerda e pela direita, condensando-se em um padrão no espaço e no tempo, que desaparece e reaparece por si só.
Um outro pesquisador, o professor Pawel Gruszecki, ressalta que, se os cristais clássicos já possuem um grande campo de aplicações.
Logo, os cristais que interagem no tempo são capazes de acrescentar uma gama infinita de novas aplicações.
Imagem destacada: Foto/Reprodução: Internet.
