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Descoberta de antigo crânio mostra indícios de uma espécie humana desconhecida; Cientistas estão chamando de “Homem Dragão”

Pesquisadores chineses fizeram a descoberta de antigo crânio, que mostra indícios de uma espécie humana desconhecida.

Os cientistas estão chamando de “Homem Dragão”, e deve ser o parente evolutivo mais próximo de nós, entre as espécies conhecidas de humanos antigos.

De acordo com os pesquisadores, o crânio representa um grupo humano que viveu no Leste Asiático há pelo menos 146 mil anos. A análise do antigo crânio foi publicado na revista científica The Innovation.

Descoberta de antigo crânio ocorreu em 1933

O crânio foi encontrado em 1933, em Harbin (no nordeste da China) por um operário que ajudava a construir uma ponte no rio Songhua (que significa Rio do Dragão Negro), e a partir daí surgiu o nome.

O operário teria o contrabandeado para casa e o escondido no fundo de um poço de sua família, até contar à família sobre o crânio antes de morrer, acabando nas mãos de cientistas.

Homem dragão é o último à direita

Os cientistas batizaram o espécime a uma nova espécie: Homo longi, da palavra chinesa “long”, que significa dragão.

O tamanho do cérebro é comparável a nossa espécie, porém conta com órbitas oculares grandes, sobrancelhas grossas, boca larga e dentes grandes.

“É uma combinação de características primitivas e mais modernas, que se diferenciam de todas as outras espécies de humanos”

Qiang Ji, professor Universidade Hebei GEO

Um grupo que publicou recentemente detalhes de vestígios em Israel  acredita que o Homem Dragão pode ser descendente de humanos que surgiram na região do Levante, no Oriente Médio.

Crânio encontrado em Nesher Ramla

Um crânio foi encontrado em uma pedreira no centro de Israel, chamada de Nesher Ramla, em 2010. O crânio estava acompanhado de ferramentas também associadas a humanos modernos, porém com características de hominídeos arcaicos.

O crânio inclui a ausência de queixo, contando com características típicas de espécies mais antigas que chegaram ao Médio Oriente há cerca de 250.000 anos antes de o Homo sapiens aparecer.

No entanto, o crânio encontrado em Israel não possui mais do que 120.000 a 140.000 anos, época em que já existiam os Homo sapiens.

De acordo com antropólogo Israel Hershkovitz, autor principal do artigo publicado na Science, os dois grupos de Homo teriam coexistido no Levante durante quase 100.000 anos, “trocando conhecimentos e genes”.

Uma nova “espécie”

O crânio encontrado não tem semelhanças suficientes com qualquer espécie particular de Homo, e por isso a suspeita de que pertença a uma nova espécie existe, como a do Homem Dragão.

Outra teoria é que eles fossem a fonte de muitos outros grupos que surgiram posteriormente:

“Acreditamos que os Homo de Nesher Ramla foram a fonte de muitos dos grupos que surgiram na Europa mais tarde”

Rachel Sarig, médica antropóloga da Universidade de Telavive

Fonte: G1 e Natgeo

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Chuang Zhao.